quarta-feira, 27 de outubro de 2010

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Ando gritando tanto, deixando as coisas tão inacabadas, tudo morno, sem sal, onde está você com seu toque final? Meu rascunho ainda te espera, e lá no peito o coração ainda se recupera - essa dor de você.
Essa dor que não passa, que me arranha a garganta, as costas e sem dó algum me desconstrói. Painel sem fotos, sem recados, sem parede, sem sustentação, sem eu, sem tu, sem ele, sem nós, muito menos vós, e por fim só restam eles. Eles pra nos criticarem e nos manipularem, resta a sociedade, os falsos amigos, as tantas opiniões desnecessárias. Sobra-te a decisão, o amparo em meus ombros, minha aflição. Meus gritos cessam por cansaço, minha voz pede o silêncio da última palavra que dirás, meu corpo declama num simples arrepiar - eu te amo, fique comigo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

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Certas coisas nunca mudam, certas coisas nunca voltam a ser como eram e, consequentemente, certas coisas nunca irão ser.
Infelizmente pensar deprime, pois pensar abre um leque de possibilidades para as quais não se pensava antes. Pensar, hoje, não destrói barreiras - apenas constrói. Eu não quero construir mais muros, mais obstáculos - não quero pensar e não irei, mesmo que tu me obrigues a pensar - resistirei.