domingo, 20 de novembro de 2011

Certa vez conheci um menino, engraçado, encantador, sorridente...um menino que me fez sorrir, chorar, sentir saudades. Estive com ele até o dia de hoje e ele esteve comigo até hoje também, conhecia todos os jeitos e toques, risos e brabezas...ele conhecia aquela pessoa que sempre esteve escondida em mim, e que hoje guardei.  Guardei porque o que tínhamos era como um pacto...em que eu topei mostrar todas as cartas que eu tinha, e ele mostrou aquelas que nunca tinha usado. Mudei, reinventei e fiz de tudo pra salvar cada passo que era considerado perdido. Ouvi dizer certa vez que quando se luta o máximo que se pode para manter algo, devemos ficar de cabeça tranquila, pois fizemos aquilo que estava ao nosso alcance e que se acabou era porque tinha um motivo muito forte. Mas aquele menino que conheci era diferente, não poderia deixá-lo ir embora mas também não poderia obrigá-lo a ficar...
Não obriguei mas também não acreditava no que estava acontecendo. Ninguém entenderia o que se passava na minha cabeça naquele momento..mas eu não estava mais crendo em algo que sempre acreditei. No amor.
Não gosto de amor de filme, naquele em que um deixa o outro para seu bem...pra mim o bem é o amor e sem ele não estou bem. Ele era o meu amor. Fui diversas pessoas para agradá-lo, coloquei todas as minhas melhores qualidades em vários jeitos que ele gostava, nem mesmo assim foi suficiente. Fiz o que pude, no entanto, aconteceu. Vi aquele rostinho partir, aquelas caras conhecidas desaparecerem. Vi os flashbacks que mais me magoaram, então que percebi que a verdade dói só uma vez...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cheio

Conforme o tempo vai passando, a gente acaba sentindo falta da inspiração de antes. Ultimamente não tenho tido muito o que escrever. Foi aí que eu percebi o quanto eu era vazia quando escrevia um monte de coisas aqui. Eu era tão vazia que precisava mostrar que algo era cheio em mim. Hoje não preciso mais disso. Quando escrevo, escrevo pois 'deu na telha' a vontade de vir aqui e não deixar criar teias. Escrevo pra curtir o que escrevi. Pra quem consegue aprender isso, é incrível! Quando se está cheio de sentimentos no coração e de corpo inteiro nos teus objetivos tu não tem espaço pra escrever! Quer espaço e tempo pra sentir, sentir, sentir! E é isso que faz da vida a melhor possível na Terra. E que Deus permita essa felicidade sempre!
À bientôt!

sábado, 13 de agosto de 2011

A criatividade e o Direito (meio viajado)

O Direito, identificado principalmente por suas leis, seus códigos – seu aspecto positivo – faz com que não acreditemos na sua possibilidade criativa, pelo seu modo preventivo, condutas pré-estabelecidas, enfim, um fenômeno de ordem social. Há um ponto interessante na história do Direito como o vemos hoje que seria o contrato social, instrumento esse que possibilitou um ordenamento social mais justo, na medida em que supostamente se abriria mão de alguns direitos para o benefício dessa ordem social poder atingir igualmente a todos (utopicamente).
Para a formação de um direito, ou do Direito propriamente dito, necessitamos de sujeitos, objetos, relações e coação. Como sabemos, uma norma é composta de preceito mais sanção, sendo que o preceito exprime a ordem, a regra ou o mandado que se deve observar e guardar. Por outro lado, a sanção significa o meio coercitivo disposto pela lei, para que se imponha esse mandado. Tendo em vista isso, é de suma importância ressaltar que o Direito se criou através do homem (o sujeito), com um objeto a ser tutelado, além disso, só existem direitos através das relações humanas. O homem, em sua essência é um ser criativo, segundo Flieger (1978), "manipulamos símbolos ou objetos externos para produzir um evento incomum para nós ou para nosso meio", e seguindo uma definição da criatividade, "criatividade é o processo de tornar-se sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia; identificar a dificuldade, buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados" (Torrance, 1965).
O Direito tornou-se sensível aos problemas sociais, às deficiências, às lacunas no conhecimento, a desarmonia como desordem social, procurou identificar essas dificuldades, buscou soluções, formulou hipóteses, testou-as, reformulou-as quando necessário e comunicou o resultado através da justiça. O Direito não teria sua positividade se não fosse escrito por um sujeito, o que faz dele uma criação humana, portanto derivada da criatividade. A raça humana é a única capaz de pensar racionalmente, o que permite que nós, seres humanos possamos modelar o mundo e lidar com efetividade.
O Direito não acompanharia as mudanças sociais se não fosse pela criatividade, até mesmo pelo fato de a criatividade ser o principal motivo do desenvolvimento social, cultural e econômico – meios estes que são tutelados pelo Direito. Então, é impossível dissociar Direito de criatividade, os dois mantém uma relação circular.
Contudo, não é exatamente esse o objetivo desse texto. O verdadeiro ponto a se chegar é a arte. A arte provém da criatividade e não há maneira mais esplêndida de ver a história (completamente ligada ao Direito) senão observando a arte. Ela foi a única esfera a não ser calada, a formadora de ideias e pensamentos, aquela que promoveu as mais diversas revoluções internas e externas nos seres vivos.
Então, a esfera artística é indissociável do mundo jurídico assim como a criatividade (pois dela provém), foi aquela que guardou memórias, o instrumento subjetivo das etapas históricas no mundo – inclusive, também é importante ressaltar que não existe A história, existem histórias, diversos olhares, Hannah Arendt reforça esse conceito de que a história não é única.
O Direito, com todas suas utopias de igualdade, de garantias e principalmente direitos – faz parte da arte, pois cumpre o mesmo papel formador de ideias, pensamentos, guarda também as memórias de um país que busca a democracia real, a democracia em seu sentido puro. Caminhar para essa democracia requer tempo, requer aplicação, requer mentes pensadoras, formadoras. Requer mentes artísticas, criativas, que não se prendam somente às normas, ao positivismo puro. Precisamos de mentes utópicas, que busquem um horizonte quase inalcançável - mas que o busquem – e, assim, continuar avançando. Nas palavras de Eduardo Galeano, "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
E é esse caminhar que vai, um dia, ser o principal motivo da sobreposição entre justiça e criatividade.

sábado, 16 de julho de 2011

18

Eu resolvi sentar na cadeira e ficar aqui até 'fluir'. Pois bem, cá estou, lembrei de algo que faz fluir nessas teclas algo de curioso. Analisando o ano de 2009 para cá, aconteceu muita coisa. Desvios de caminhos, perda de amigos, ganho de amigos, uma revolução-em-mim.
Não sei o que me emociona mais, se o ponteiro do relógio que passou correndo e eu não vi, ou se o rosto daqueles que eu mais amo de forma diferente. Diz que quando chegamos aos dezoito anos começamos a envelhecer rápido, pra mim, confesso, essa coisa de que passa rápido não começou ainda...as coisas têm ido tão devagar no meu caminho que eu até queria que fossem com mais pressa. Não quero perfeição.
Acho que acabei amadurecendo e talvez, superando perdas. Aprendi a arte do desapego, do deixa estar, do seguir o que o caminho diz pra seguir. Aprendi o velho e bom 'uma porta se fecha para que uma outra porta seja aberta (ou janela como preferir)' - estou educando o meu eu de possibilidades, e isso, para mim é uma conquista incrível. Me encontro em paz, mas descobri que toda paz em valores demasiados dá tédio, e resolvi assim não ser 'tão' feliz. Resolvi ser feliz mas me dar oportunidade para ser triste também, e curtir o poder de transformação que as lágrimas - de saudade ou dor - proporcionam para nós.
Descobri (e inesperadamente) que eu tinha sim um manual, e que é besteira falar que somos indecifráveis - alguém sempre tem a chave - você mesmo.
Peguei a chave e quis tomar a iniciativa de me desvendar, e tenho essa missão em minhas mãos até agora. Cheguei sorrindo aos meus dezoito anos com o coração cheio de esperanças, e nesse meio de ano elas vêm mais quentes ainda, esperando a realização. Acreditando naquilo que muitos não acreditam: a Justiça, o Amor, a Alegria, a Paz INTERIOR. Estar em paz com o mundo externo é que dá tédio, agora estar em paz consigo - esse sim, tem poder motivador. Nunca estive tão em paz comigo, com meus estudos, com minhas conquistas. Aprendi inclusive que não preciso, assim, de tantos amigos - mas de uns dois ou três que me façam sorrir e que sejam não assim tão sinceros mas no mínimo educados.
Desvendei aquilo que mais queria. O eu que eu procurava desesperadamente em mim, e tive ajuda (claro) - e quero que essa ajuda saiba o quanto vai influenciar e guiar os caminhos que eu escolho hoje.
Dezoito anos, se fossem tão fáceis não faríamos aniversário.

domingo, 10 de julho de 2011

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica fumava um cigarro
No outro canto da cidade, como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se encontraram na escola
E não conversaram muito pra tentar se esconder
Um carinha do grupo de amigos de Eduardo que disse
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"
Festa estranha, com gente esquisita
"Eu tô legal", agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, não pensava em ir pra casa
"É quase duas, to a fim de me emborrachar"
Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Ice Age
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo"
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha piercing no nariz
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Capricórnio e ele tinha dezessete
Ela queria fazer Psicologia e falava inglês
E ele ainda praticava o inglês
Ela gostava do Guns and Roses, Pop
Picasso e dos Cascavalletes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol de campo com seus amigos
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram musculação, terapia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, cortou o cabelo
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz
Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram pra Santa Maria
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

domingo, 3 de julho de 2011

(:

O passado, passou. Assim como os conselhos que me deram, passaram - e nem todos eles eu usei. Acho bom, me sinto mais segura, sinto que acertei quando disse 'tá bom, mas se fosse bom não era dado' - me sinto feliz, e juro, abrir mão disso não teria sido a melhor forma de encarar os problemas. Fui de frente mesmo, simplesmente pensei 'não me importo' e fui lá, de cabeça, e assim como me entreguei (sem esperar nada em troca), recebi essa entrega, por mais que tenha esperado, recebi, e é isso que importa. Já não sou mais a moleca da relação, agora sou a protegida, a mulher que quer um ombro, um carinho, e não mais aquele carinho fraco, aquele que você sente que é momentâneo, em que a pessoa está ali - mas não está.
Quantas vezes já dei carinho assim...e não me arrependo, o carinho verdadeiro tem que ter seu lugar reservado, e sua pessoa também. Até então eu não tinha encontrado, até que numa dessas escolhas que a gente faz - mudam tudo, o caminho, a vida profissional, a ex aspirante a psicóloga foi pro caminho mais lógico - as leis e, com ela, sua vida (não a vida no sentido lato, e sim no estrito - o você), aquela que ensinou tanta coisa, e dessa vez de verdade, sem infantilidades, me ensinou o real, a dor, o amor (e sim, bem clichê mas tão bonito de descobrir) . Mudei e mudei B-O-N-I-T-O, e acho tão lindo essas reclamações (quando surgem, e são raras) sobre o meu passado, o que eu escrevia, o que eu dizia. Só tenho que dizer: eram palavras. Hoje minhas palavras não são isso só, são mais, são os meus gestos quando não consigo expressá-los por estar longe de ti. Não tenha dúvidas, sou tua, tua, e quando digo tua é porque me sinto assim, tua. No meu todo. Sente a diferença?
Se não sentir, eu mesma mostro pra ti. Só me ligar, só me sentir. Falei.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Com o tempo eu fui aprendendo que o orgulho não era lá a melhor coisa do mundo...Que corrompe mais do que constrói, que afasta mais do que aproxima, que esconde quem queremos ser.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Nem sempre a escolha foi certa, não é, garota? Eu costumava te levar tão ao avesso e te levar com minha mente de criança - pra dentro de mim, tão perto que assim eu cresci.
Te coloquei aqui e viu, você me disse que achava que ia sair, mas você continuou. Eu não deixei você sair, quando coloquei sabia que jamais iria tirar você. E não, meu jeito egoísta não conseguiu te afastar de mim e tua pele e teus lábios me levaram para além do sério. Garota, pare de me enlouquecer. O teu cabelo...poxa eu não consigo nem falar dele direito..é tão fora, do comum, do sei lá.
Eu cresci mas levei você comigo, e volto as vezes para esse mesmo lugar, dali onde eu cresci. Pra você. Não, não fala nada. Deixa eu te calar com essas palavras bobas, com esse meu sorriso bobo de canto, com essa coisa toda que só você consegue tirar de mim. O engraçado é que você tira e me devolve, para que eu possa assim te dar isso de novo. Eu sou idiota. Não liga, garota, eu arrecém aprendi a crescer em você.

domingo, 19 de junho de 2011

...

Digitei a conta e a senha de um outro blog. Acho que não agüentava mais ver meus textos, e simplesmente resolvi postar no blog dos outros.
Mas esse não é um blog de outro qualquer. É um blog de palavras de alguém que escreve melancolias, um pouco de alegrias, de amores e desamores, de palavras tipo Caio e Clarice.
Esse é o blog da pessoa que eu amo, e meu Deus como amo. Chego a pensar que ela ao menos não me merece. Mas essa historia de merecer ou não outra pessoa é muito relativa.
Não sou perfeita, nem um pouquinho. Mas sou virginiana, além de não ser perfeita mas ser perfeccionista, quando quero fazer algo, eu mesma tenho que fazer, pois acho que outra pessoa não faria tão bem quanto eu. E se eu fizer errado, prefiro assumir a responsabilidade do que entregar o objetivo para outra pessoa.
Por um lado, acho que ninguém a faria sofrer tanto assim, passasse dias, meses, anos, mas sempre tem uma coisinha pra fazê-la chorar.  Parece que eu tenho o dom de fazê-la sofrer, e ela de me perdoar. O que faz eu merecer esse perdão? Eu não deveria nem aceitar, é quase um insulto ao amor dela, e de fato um desrespeito.  Decepciono o tempo inteiro, se não é por falta de alguma coisa, é de excesso de outra, e assim vai.
Por todos esses motivos, seria mais lógico e mais humano se eu passasse essa responsabilidade de fazê-la feliz pra outrem. Pois uma coisa é certa, ninguém é tão idiota ao ponto de fazê-la sofrer repentinas vezes e não se ligar disso. Mas uma coisa eu não consigo garantir, e isso é o que me faz cobrir essa responsabilidade. Quem garante que depois de fazê-la chorar vai abraçá-la, pediria uma desculpa sincera, choraria junto com ela? Ou depois de falar uma palavra rude emprestaria o ombro pra ela deitar, ou protegê-la quando está com medo ou com duvida, ou dizer uma palavra de conforto depois? Quem dirá que a pessoa terá a capacidade de sair correndo comprar um presente e fazer uma surpresa meio esperada ou talvez totalmente inesperada? Quem depois de dizer que não quer mais, vai voltar e levá-la pra jantar em um pizzaria e se empanturrar junto com ela, sem se preocupar com dietas ou alimentações saudáveis? Com certeza deve existir mais alguém no mundo assim, deve, não sei, não garanto.  Mas por enquanto eu conheço uma, e é pra essa pessoa que deixo essa responsabilidade tão perfeita. E enquanto eu não achar alguém mais competente pra isso (e não pretendo achar), ficarei com você para sempre. 

sábado, 18 de junho de 2011

Tu sabe

Eu te amo amor.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

No escuro


Já percebeu como é difícil escrever na luz? Parece que a escuridão traz algo de íntimo que busca violar tuas proteções e te fazer vomitar tudo na folha, na página, no editor de postagem. Eu, nunca soube escrever na luz. Todas as vezes que escrevi com luzes acesas ou com o sol no meu rosto, escrevi mal. Não foi espontâneo, foi forçado, uma maneira de tentar salvar o blog que ninguém lê com alguma coisa um pouco mais alegre. Só que simplesmente percebi que alegrias não têm graça para terceiros, nós nos sentimos felizes com nossas alegrias, mas os outros preferem saber o mais íntimo de nós - nossas tristezas, dúvidas, anseios.
É por isso que me nego a escrever de dia, acho chato, banal, apenas mais um digitar e apertar de teclas que eu nem queria escrever. É chato porque não faz sentido não ter sentido. Todo mundo sente dor, e praticamente, do mesmo jeito. Todo mundo já sofreu por amor, todo mundo já sofreu por uma perda. A identificação que se tem com isso é maior do que uma alegria, pois alegrias e felicidades são individuais e vividas somente por você, de um jeito único. Agora as dores, meus caros, eu já não sei se são assim, tão exclusivas. Já me passou pela cabeça que todo mundo erra do mesmo jeito, nas mesmas etapas e as outras que não erraram ainda, certamente errarão da mesma maneira que aquelas que erraram, mesmo que saibam como contornar esse erro. É do ser humano. Só que errar é chato.
Errar é chato porque na verdade, ninguém pede pra errar e aprender sofrendo com seu erro, ninguém quer sofrer perdas e nem mesmo sofrer por alguma coisa. O caminho que se busca é a felicidade, as alegrias, e a emoção que dá liga pra nossa vida é o sofrimento, ao mesmo tempo que não o queremos, induzimos nossa vida a nos trazê-lo, pois é uma forma de nos impedir de chegar a lugares que queremos chegar, fazendo com que nossa caminhada demore mais e seja mais prazerosa, mais árdua, mais suada e portanto mais memorável.
Aposto que ninguém se vangloria de algo que conseguiu fácil - e se o faz, é porque geralmente não consegue algo difícil. A sensação e emoção de não conseguir o que se quer as vezes traz mais adrenalina do que a de conseguir. Você consegue e pronto, finda seu objetivo e você tem de buscar outro, para continuar seguindo em busca do que você não quer conseguir alcançar para continuar andando. Qual a explicação pra isso? Eu não sei, só sei que não escrevo na luz, só no escuro consigo me descobrir.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Descaso um dia passa?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Oi, cuide dela. Cuide dela todas as vezes que ela parecer distante, pergunte algumas vezes, na verdade, 5 vezes e terá a resposta que quer saber. Ignore quando ela disser que não te ama, na verdade, ela quer que você diga que a ama mesmo que ela diga que te odeia. Faça-a feliz, mesmo que te custe tempo. Aprenda a ser engraçada, se você não fizer ela rir o relacionamento de vocês não irá durar nada. Ela gosta de sorrir. Ache coisas engraçadas para mostrar pra ela, toda tentativa é válida, mas quer um conselho? Você não vai conseguir fazer do mesmo jeito que eu, então desista. Se nem eu conseguia ser engraçada ao ponto de ser perfeita e fazer com que ela achasse todas as coisas que eu fazia engraçadas, imagine você? Não, não diga que a amo ainda, ela sabe disso e ninguém precisa ir lá contar essas coisas que são NOSSAS pra ela. Ela também me ama ainda, se você não sabe. E ah, ela gosta de comer besteiras - salgadinhos, cookies - e é viciada em chicletes, tenha um trident sempre por perto. Ela gosta de ver filme, gosta de dividir a cama - mas era só comigo, então essa hipótese você descarta - ela gosta de coca-cola, gosta de jogar basquete, e não adianta, se você tiver um video game ela vai bater todos seus recordes. Por fim, quero desejar algo do fundo do meu coração, que ela seja feliz, mas que vocês juntas vivam toda infelicidade desse mundo para que ela volte logo a quem sempre pertenceu. 
Ass.: A garota que dá a vida por um sorriso dela."
Ela vai mudar,
Vai gostar de coisas que ele nunca imaginou
Vai ficar feliz de ver que ele também mudou
Pelo jeito não descarta uma nova paixão
Mas espera que ele ligue a qualquer hora
Só pra conversar
E perguntar se é tarde pra ligar
Dizer que pensou nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ela aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
Ele vai mudar,
Escolher um jeito novo de dizer "alô"
Vai ter medo de que um dia ela vá mudar
Que aprenda a esquecer sua velha paixão
Mas evita ir até o telefone
Para conversar
Pois é muito tarde pra ligar
Tem pensado nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
Para conversar
Nunca é muito tarde pra ligar
Ele pensa nela
Ela tem saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou

terça-feira, 7 de junho de 2011

Memórias


A arte é formadora de pensamento. Segundo Susan Sontag, no documentário de Silvio Tendler - Utopia e Barbárie - "Nos dizem o que devemos pensar e então nos dizem que estas são nossas memórias". Isso traz uma profunda reflexão, uma operação mental na qual paramos e pensamos se na verdade não somos ensinados a lembrar, lembrar daquilo que é cômodo, lembrar-se do que nos foi dito, sem pensar nas barbáries. Silvio Tendler representa de maneira esplêndida a ideia de história agregada a arte, numa explosão de imagens impactantes, com foco no pós-segunda guerra, nas ditaduras, toda utopia e barbárie presente nesse período. Tendler usa de depoimentos de cineastas, escritores, ativistas, historiadores, sobreviventes. O modo de enxergar a tragédia política é na base de memórias, de lembranças, do sofrimento, da superação, da ação, do reagir reprimido. Na trama, o médico e biólogo Ivan Izquierdo diz: "Somos aquilo que nos lembramos, eu sou quem sou porque me lembro de ser quem sou, no momento em que eu esqueça de algum aspecto importante, da minha vida, dos episódios da minha vida ou de algo que a constitua, deixo de ser quem sou, se tenho uma doença de Alzheimer me despersonalizo, agora, além disso eu costumo acrescentar que também somos aquilo que escolhemos esquecer". Precisamos preservar nossa memória, preservar o que vivemos, o que vimos, o que ouvimos e necessitamos formar pensamentos, julgamentos acima de tudo, ter posicionamento, ter reação. Usar desses depoimentos tem um impacto tão positivo, tão formador, que passamos a entender a importância da arte como instrumento subjetivo das etapas históricas do mundo. É claro que, não podemos nos focar somente na arte, devemos ter o conhecimento técnico adequado para que possamos juntar as duas coisas e saber diferenciar aquilo que nos é posto e aquilo que nos é escondido. Há quem diga que nunca existiu o Holocausto, que todas as imagens, todas as gravações amadoras foram mera montagem, há também quem queira de volta a ditadura, mas e as pessoas que sumiram? Aqueles que foram torturados e eletrocutados? E as crianças, mulheres que foram estupradas? Quem não viveu o que essas pessoas viveram e sentiram para nos libertar de um regime ditatorial, crê que isso é bom. Onde estão as visões, onde está a indignação popular JUSTA? Vivemos em uma sociedade que banalizou o mal, banalizou a tortura, banalizou o preconceito, banalizou a dignidade humana. É tudo comum, tudo aceitável. 
Qual o sentido de viver sem atuar? A sociedade não tem mais uma utopia, as pessoas não tem utopias, vivem com base na realidade - "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar". (Eduardo Galeano).
Galeano transmite o verdadeiro motivo para ser utopista, assim continuamos caminhando em busca de algo, em busca dos sonhos, dos ideais, do otimismo. Viver sem utopias é viver parado, encostado naquilo que te trazem, naquilo que lhe é mostrado, é viver sem impacto, viver sem ser algo mais que um ser humano. Viver sem utopias é parar de andar e esperar que alguém venha e lhe tome sua vida, alguém lhe dizer o que pensar e dizer que essas serão as suas memórias. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

No fim

Abri a porta rápido, queria sair dali antes que dissesse mais besteiras, fui seguindo em frente, perto de uma mini ponte onde costumava sentar-me e molhar os pés na água. Sentei e passei a observar as águas, o modo como se moviam quando tocava um dos dedos nela. Senti sua mão em meu ombro, um sussurrar muito leve, "me perdoe" - eu não poderia. Não poderia pois tinha sentido que as duas cadeiras que coloquei na beira da ponte eram apenas figuras, no fim, quem sentava lá para pensar coisas banais era eu, quem virava a cadeira de frente para o horizonte era eu, quem apreciava esse tipo de coisa também era eu. Você nunca esteve lá, nunca sentou-se para conversar, nunca perguntou o motivo pelo qual deixei uma cadeira a mais ali, nunca se importou com o sentido disso. Mesmo que você não queira saber, eu sentava lá por querer achar algo mais simples do que nossa vida, gostava de pensar coisas banais pois minha mente era atormentada por tanto desapego, deixei uma cadeira a mais ali pois queria que você participasse da minha "sessão eu", queria você como parte da minha vida. Só que você nunca sentou, nunca falou, nunca existiu.

domingo, 29 de maio de 2011

Não, eu não tenho paciência com gente que não respeita nem a si mesmo. Não, não suporto gente cínica ou estúpida. Não suporto gente que se acha inteligente demais. Não suporto gente que vem querer discutir um assunto sem conceito prévio, só leu uma palavra e saiu falando por aí que achava legal, pra querer mostrar que não só sabe escrever sincero ("cincero") com c, como acha que genocídio é a mesma coisa que infanticídio. Não, não suporto gente que age com polidez na tua frente, e por trás age como uma criança idiota que precisa aprender com alguém, que necessita de companhia, vive na solidão e todas essas outras coisas, quando na verdade não consegue nem admitir para si mesmo que é uma pessoa vazia.
Sente necessidade sim de ter alguém, um relacionamento com almas gêmeas mas e quando que vai querer dar oportunidade sem usar vulgaridade? Sim, olhar para o lado e se apaixonar. Não, porra! Não é assim que funciona, tudo bem, use a expressão sou uma criança que não consegue expressar os sentimentos mesmo que eles sejam puros, mas torne-se puro primeiro, para depois atribuir-se o lugar de "criança".
Almeje as coisas quando for possível consegui-las sem desrespeitar os outros.
"O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade”. (Salmos 145:18) NVI

Alguma vez você já invocou Deus com sinceridade? 

Tantos reclamam de pedir à Deus e não receberem suas preces, seus anseios. E quando você parou para pedir sem necessitar? Sem precisar e somente por isso? Quantas vezes você pediu para si mesmo e não pediu pelos outros? 
E quantos dias dormiu sem ao menos lembrar que ele poderia existir, que olhava para você e você nunca olhou para ele? 
Ainda assim há muitos que sentem coragem de pedir alguma coisa. Acho incrível a capacidade de pessoas viverem dizendo o quanto não acreditam na existência de um Deus, e na hora do aperto, do "sem solução", recorrem ao que nunca reconheceram.

sem mais.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Não é um gole a mais que interfere na sã consciência. Foi aquele teu toque sadi(c)o que me fez suspirar, entrei em transe e sim, paguei pra ver o que essa história de nós dois ia dar. Não espero muito, não...você sabe que esperar significa decepcionar-se e não pretendo me decepcionar com você. Nem vou exigir muito também, exigir implica em mentiras e não é nesse ponto que queremos chegar. O caminho é árduo, é difícil, mas não vamos nos apressar, ansiedade não ajuda - impede. Não existem mais preocupações, quero te levar pra longe daquilo que te faz mal, do pesar, da culpa, do impossível. Não, não aceito sugestões diversas daquelas que nós montamos. Somos um, somos eu mais você, somos nós. Não existe um ou, nossa vida a partir de hoje será de somas, de 'e's. São frases soltas, meu amor. Tão soltas que posso enxergá-las diante dos meus olhos, caindo, como que propositalmente, para que assim eu possa alcançá-las em um lugar perto do chão, em um lugar onde minhas mãos possam chegar.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Intrigante conhecer esse seu lado tão você, tão eu, tão confuso, tão nós. É como uma corda bamba, estamos sempre prestes a cair, a não ser que o próximo passo nos estabilize, um braço colocado em outra direção dê equilíbrio, força, o que supostamente já não tínhamos mais. Já pensei até em quão curioso é ter tantas maneiras de nos comunicarmos, assim, infinitamente - gestos, palavras, cheiros, sintomas, dores, aflições. Sou a favor do que não se pode ver. 
Cultivo, amor, aquilo que não vemos e consequentemente não tocamos. Cultivo aquilo que nos faz, nos monta, nos traduz. Abro mão sim, do desnecessário, do incabível, do que te desmonta, do passo errado que podemos dar. Não, não adianta se afastar, amor volta e se verdadeiro, volta dilacerando cada milimetro de descaso anterior, cada momento que foi perdido, consome horas do nosso sono e assim, vai voltando e acabando com todos nossos fios de cabelos, fazendo branco aquilo que jovem foi preto. 
E tem vezes que nem assim, nem assim nos percebemos, nem assim nos cuidamos, nem assim tentamos acertar a caminhada, e o ritmo, o passo, a pulsação. Chega a etapa em que as veias tornam-se largas, largas, largas...e o sangue começa a faltar, a pulsação aumenta, as veias contraem-se tentando completar espaço, tentando restaurar aquilo que chamávamos de coração, quando ele ainda pulsava e era cúmplice da nossa total dedicação. Não vamos bancar a falsa ilusão de que há um fim, ou há um começo, não há nada a não ser nosso amor. Não há nada entre nós, nem as cordas, nem os medos, nem outros, só nós, tão nós.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Wine wine wine

Uma boa dose de vinho licorado, cigarros fortes, janela aberta, frio. Qual seria realmente o sentido de solidão? Seria parar na janela, beber vários goles e fazer cara feia? Em seguida, tragar a fumaça que vai apodrecer meus pulmões?
A percentagem de álcool é grande, a nicotina e o alcatrão também, mas quem disse que nessa madrugada de "deixar" coisas eu estou me importando com isso? Não estou com cabeça para fazer valorações, o bem protegido (eu) e o bem sacrificado (eu) são os mesmos. Essa mistura de álcool com nicotina faz-me lembrar coisas nostálgicas, emoções adolescentes. Que diabos eu fui, e que diabos serei? Fugiria sim, mas não abandonaria, mesmo que você quisesse.
Só ouço os pingos de ar condicionados de apartamentos acima. Queria ouvir pingos de chuva, queria dormir e não só dormir, mas dormir bem, dormir tranquila. Não entendo como você consegue, não entendo como é possível ser desse jeito. Eu sei que esse maldito vinho e esse maldito cigarro não vão aliviar a minha dor. Amor verdadeiro acontece uma vez na vida, e só. E eu não preciso nem de analogias para confirmar isso. Não preciso de nada, só de você.
Eu não sou mais uma criança, eu não tenho coração pra todo mundo, eu jamais diria eu te amo sem amar e ter certeza disso, não uma vez mais. Você esteve presente nos momentos em que eu precisei de força, coragem, determinação. Você me deu sua companhia e sua disponibilidade, mas você me traiu.
Você me traiu assim como eu traí você. Mas de quê isso importa? Quando traímos nós realmente não amamos. Podemos gostar, mas numa maneira geral, não amamos.
E quando passamos a amar passamos a desprezar coisas estúpidas como gastar momentos saindo por aí, gostamos de aproveitar o cheiro do perfume, o abraço sincero, o carinho engraçado. Gostamos de rir, e sabemos que aquele riso vem de dentro. Somos nós, sem criar personagens, e talvez decepcionando mais por sermos puros, sem barreiras.
No momento em que percebi a diferença entre o que eu era e o que de fato eu sou, descobri que o motivo para ser quem sou e para ter sido como era, era uma pessoa. Quando você era, você lembra de pessoas e o que elas te trouxeram de bom. Quando você é, você lembra de uma pessoa. E lembra dessa pessoa porque ela é você, seu reflexo, seu ego, sua alma. Quando você acorda e olha no espelho, sabe que dizendo bom dia para si mesma, estará dando bom dia para seu grande amor, pois você vê ele em seus olhos. Quando você deita, os lençois, a cama, o travesseiro - todos transpiram quem você ama. Quando você acorda no meio da noite, é porque você sentiu que seu amor acabou de se mexer. Quando se vive assim, amando, você esquece que existem terceiros, e toda vez que surge um, você hesita, você teme, você treme. Você para de respirar, você se sente insegura, você tem medo.
Mas o medo impede de viver, e o medo sempre se impõe na frente e por conseguinte pode estragar tudo. O cheiro, o abraço, o carinho. O medo às vezes sai, se esconde, você diz para ele ir embora e ele prega uma peça: volta alguns dias depois, fazendo com que você demonstre coisas que você não gostaria de demonstrar, fazendo um personagem que não é você surgir. Fazendo que seu amor te ache um engano, fazendo com que cada detalhe, seja esquecido e cada momento revivido, apenas em lembranças, por não se acreditar mais em um final totalmente feliz.
Para todos e todas aquelas pessoas que passaram na minha vida, um obrigada. Um obrigada por ter me feito descartar péssimas possibilidades e achar o que eu realmente queria. É importante saber o que se quer, é importante ter foco e é importante admitir que não se quer deixar quem se ama. É importante acreditar não em finais felizes, mas em recomeço feliz. Queria um recomeço, mas não recomeçar do zero. Recomeçar por onde paramos, por onde deixamos de acreditar em nós, por onde você criou receios, por onde eu e você nos magoamos, pelos momentos felizes que passamos. Obrigada para uma pessoa, aquela que me tem, terá e teve, da forma mais pura e transparente possível, do jeito que nem eu mesma me conhecia, obrigada pelas tardes, obrigada pelas noites, pelas madrugadas de descobertas, pelas risadas, pelas lágrimas e pelo principal: o amor.
Eu te amo, não te entrego minha alma, eu, já nasci com a sua e você, já nasceu com a minha.





Pára pra pensar, porque eu já me toquei,
Eu te escolhi você me escolheu, eu sei.
Tá escancarado, vai negar pro coração?
Que você tá com sintomas de paixão!
É quando os olhos se caçam em meio à multidão,
Quando a gente se esbarra andando em qualquer direção.
Quando indiscretamente a gente vai perdendo o chão, vai ficando bobo,
Vai ficando bobo...
E aí já era é hora de se entregar,
O amor não espera, só deixa o tempo passar.
E fica pro coração, a missão de avisar,
E o meu tá dando sinal: e tá querendo te amar!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Técnicas de solução para conflitos

TÉCNICAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS - Prática de Negociação



AUTOCOMPOSIÇÃO E HETEROCOMPOSIÇÃO:

Autocomposição - Com terceiro: Mediação e Conciliação

- Sem terceiro: Negociação

Diferenças:
1. Mediação: Na mediação, o mediador tem papel pró ativo na resolução do conflito, propõe ideias.
2. Conciliação: O conciliador apenas acomoda as ideias das partes, de modo a apenas redigir um texto legal com o acordo.
3.Negociação: Apenas as partes negociam entre si, sem intervenção de terceiro.

Heterocomposição - Arbitragem e Processo Judicial
A heterocomposição é a forma tradicional usada pelo ocidente, a arbitragem é estabelecida por vezes em contrato prévio, antes que surja o conflito - um terceiro analisa o conflito das partes e estabelece uma decisão.


O processo judicial, é o processo tradicional como já é de conhecimento dos operadores do Direito.

· MEDIADOR É DIFERENTE DE CONCILIADOR


Mediador propõe, não impõe. Caso fosse, seria heterocomposição. Dá sugestões. Conciliador acomoda as ideias estabelecidas pelas partes, faz uma intermediação entre elas.


Embate de opiniões contrárias = NEGOCIAÇÃO


· HETEROCOMPOSIÇÃO DIFERENTE DE AUTOCOMPOSIÇÃO


HETEROCOMPOSIÇÃO tem por objetivo convencer UM TERCEIRO.
AUTOCOMPOSIÇÃO tem por objetivo convencer AS PARTES.

É uma troca de dar e receber, entre o negociador e o operante. Inevitavelmente deve-se ceder alguma coisa, querer receber sempre implica em ceder algo. A negociação tem o propósito de atingir, por meio da comunicação para chegar a uma conclusão sustentável. Pode ser mais eficaz do que decisões judiciais, pois na negociação há por vezes o contentamento das partes sem o poder coercitivo, o que demanda em solidez. 
Sem dúvida, possui elementos de barganha. Busca conciliar anseios pelo que o outro tem, negociação é conceito amplo, complexo. Por meio de comunicação procura-se aproximar as partes e a satisfação de seus interesses – diferentemente do processo jurisdicional, que por muitas vezes afasta as partes. 
Negociar traz um dever de argumentar e comunicar-se muito bem, pois é com esse recurso que teremos que apresentar o conflito de forma positiva, para que a parte contrária observe o conflito como uma oportunidade – vendo que é uma saída mais favorável e talvez mais valiosa. É importante ressaltar que em todos conceitos relacionados com composição de conflitos há elementos em comum:
1) PROCESSO;


2) INFORMAÇÃO E PODER;


3) INFLUENCIAR;


4) CONCESSÕES MÚLTIPLAS QUE APROXIMAM IDEIAS.
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Em Habermas temos a teoria do agir comunicativo, onde as ideias precisam ser aproximadas através do diálogo – busca por formar objetivos comuns.
Diálogos produzem relações mais fortalecidas.
Em analogia, em uma compra e venda, sempre negociamos. Dialogar não significa necessariamente conversar, mas quando se tem a ideia de, por exemplo, qualidade = preço mais caro, você comunga da ideia do vendedor que para ter qualidade deve-se pagar bem. 

Algumas características podem ser vistas no diálogo:

1. Interdependência – Ex.: João tem um mercado que está prestes a falir por causa de uma reforma que ultrapassou da sua capacidade monetária e com isso não consegue mais pagar seus fornecedores. Negociando, João continua com seu mercado, os fornecedores continuam trabalhando com João e a clientela não perde o mercado a que estava acostumada a consumir.
2. Capacidade de ganhos mútuos
3. Ambas as partes possuem autoritarismo LIMITADO
4. Comunicação – receptividade das ideias do outro.
5. Relacionamento – no momento que inicia o diálogo, constrói-se boas ou más impressões do outro.

CONFLITOLOGIA


A palavra conflitologia junta dois vocábulos essenciais para nosso entendimento. Conflito + logos (logia), estudo do conflito. Em breve diferenciação, a psicologia trabalha com conflitos internos e o Direito com conflitos interpessoais. É do surgimento do “impasse” (conflito) que nasce a relação negocial. Sempre existirá um conflito. 
Então, conflitologia nada mais é do que a ciência para o estudo dos conflitos intra e inter consciências (entre consciências). Destarte, precisamos definir claramente o que é de fato um conflito. Esse define-se como divergência de opiniões, e quem opina, obviamente é a consciência humana. Nas eras mais distantes já existia uma forma de resolver essas tais divergências, diríamos que a forma mais primitiva de todas – que em parte ainda influi em alguns casos – a lei do mais forte. 
Por meio da conflitologia tenta-se procurar novas formas de solucionar, compor o conflito. O ideal seria que se buscasse conhecimento pela informação, pela troca, o que aproxima mais as pessoas.
Sabemos que o estilo tradicional de resolução de litígios nos dias de hoje é a prestação jurisdicional, por meio de processo. Talvez um dos maiores problemas desse “apego” rudimentar praticamente por instinto de defesa seja a demora e o gasto por uma resposta que vai afastar as partes. Estamos em uma era de inovações em vários campos, devemos ser mais civilizados, fazer concessões não significa que perdemos e sim que ganhamos. Há um recebimento de benefícios também, precisamos entender o conflito e agir educativamente. Existem duas formas de enxergar conflitos, o que vem da cultura asiática, onde há uma visão de perigo e outra de oportunidade. O conflito pode gerar uma só delas. 
Prosseguindo, encarar o conflito como um perigo acarreta em uma cisão. Sendo assim, quando a negociação se dá de forma competitiva as chances de sair “ganhando” são menores, pois os interesses tornam-se tão conflitantes que pode ocorrer uma verdadeira cisão de um contrato por exemplo. No momento em que enxergamos o conflito de forma pacífica, como uma oportunidade de negociação, temos um quadro diferente: ambas as partes podem sair vitoriosas e com maiores vantagens do que o encarando de forma pessimista. Há denominações da cultura norte americana para esses dois modos. O primeiro, de forma a encarar como perigo chama-se “Jogo do ganha-perde” – onde um ganha e o outro, claramente, perde. O segundo onde encaramos como uma oportunidade, chama-se “Jogo do ganha-ganha”, ocasionalmente visto em séries jurídicas como a expressão “win-win”. Tudo depende da forma como encaramos o conflito. 
· - Gerenciamento do conflito


· - Uma boa forma de negociação


· - Visão negativista ≠ Visão positivista


Em alguns casos, no entanto, é inevitável a negociação competitiva.
As características do conflito são:
· Externo – exteriorização pela linguagem
· Subjetivo – Foco para estabelecer negociação; Onde eu oculto intencionalmente; Real enfoque fica oculto.

A negociação depende da comunicação, claro, mas nem sempre o que falamos é o que realmente estamos sentindo ou pensando. É um exemplo simples, mas totalmente esclarecedor: Namorado sai com a namorada que está com uma saia curta. Namorado vai externar que não há cabimento em usar saia curta no frio. Seu objetivo real que está subjetivo é o ciúme, motivo real oculto do namorado ciumento. Um bom negociador identifica o elemento subjetivo da parte contrária.



Continua...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Um fim

Antes eu escrevia sobre vazios, sobre incertezas, hoje eu escrevo sobre o concreto. Sobre definições possíveis de chegar a resultados, pensamentos lógicos que trazem certezas e respondem perguntas.
A vida não tem graça assim, se todos meus questionamentos fossem respondidos, o que seria de mim?
Me faltam perguntas. Faltam escolhas, faltam caminhos, faltam opções. Parece que está tudo resolvido, e o pior de tudo é que hoje eu percebi que não é bem assim. A mesma pessoa que não sente emoções é a mesma pessoa que me deu as dúvidas e as escolhas. A única emoção que realmente temos é não sabermos se isso é um fim ou uma tentativa de recomeço pessoal. Sinto que escondo essa parte, ou simplesmente pela falta de algo interessante na vida tapo meus olhos. Sim, eu quero existir, quero ser real - mas pra isso as vezes temos que tirar o pé do chão. Nenhuma ideia vem de vazio, nenhuma decisão vem de algo que não tem escolha. Temos escolhas, ideias, ainda queremos escapar do nada. O que indica que o tudo continua presente, e que o nada continua andando junto com o tudo. O que significa que chegou a hora de decidir quem fica e quem sai.
Tudo ou nada?

terça-feira, 12 de abril de 2011

A errada

Em uma estrada qualquer
no meio do nada
dois caminhos
eu era a mulher errada.

Em um nada qualquer,
aquela estrada.
Onde os pés tocam frios
no asfalto abrasador
e o corpo geme num grito
silencioso de dor.

Não eram aquelas luzes
nem aqueles postes
nem o trânsito
nem os transeuntes
nem os animais
Eu era a mulher errada
da escolha certa
sem motivo especial.

terça-feira, 5 de abril de 2011

V. Cerezer

Ela tinha uma clave de sol tatuada no braço direito, mais precisamente perto do cotovelo. Tinha a íris bem escura, tinha um estilo casual que me fazia perder o juízo. Sabia ser duas coisas, sabia ser minha proteção e sabia querer se sentir protegida. Possuia os melhores defeitos que eu já havia conhecido e, devido aos mesmos que senti ultimamente o quanto venho aumentando esse amor por ela. Eu gosto de tudo, do jeito do cabelo bagunçado, curto ou comprido, pro lado ou no meio, com ela vivo de 'ous' pois tudo fica bem nela e tudo fica bem com ela. Gosto do seu jeito carinhoso de ser, do jeito brincalhão, do jeito que me faz rir, do jeito que me faz ser - assim exatamente como sou, sem pudores, sem medos e com todos os defeitos que se criaram quando eu pude sair de dentro daquela casca, daquele casulo onde me escondi durante 16 anos. É impossível não querer alguém que te fez tirar a máscara, tirar aquilo que você tem de pior e de melhor dali, de onde você sempre viveu. É impossível não amar alguém que te amou desde o primeiro segundo e sabia que no fundo, havia algo que ninguém mais seria capaz de enxergar e/ou retirar. Você apertou minha tecla permitir, você recriou alguém. Você ama alguém e esse alguém ama você. Você salvou uma vida sem doer. Você me tirou do amargo, do meia boca, de cima do muro. Você me trouxe para o bom, para o ruim, para os extremos, para a 'boca inteira', para um dos lados do muro. Você me fez descobrir quem eu era, me fez querer ser quem eu sou, e ainda mais - me deu a certeza de quem eu queria ser - me deu a certeza de que um dia eu vou casar com você.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

você é o que ninguém vê.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Muro.

Sentia-se violada. Como se algo que pertencesse somente ao seu ego tivesse sumido, não por decisão sua, mas por sequestro. Foi assassinado. Aquela parte íntegra e indivísivel tinha sido morta. Onde estavam suas mãos? E o controle que tinha anteriormente? Onde estavam seus braços se não atados às imperfeições? Ela simplesmente não se aceitava, não assim como era, mas somente do jeito que planejava. Era um roll taxativo de adjetivos, verbos esperando complementos. Não, não era assim tão feia, mas deixava-se levar pelo descuido, pela imperícia com seus cabelos, sua face. Era extremamente desajeitada, por vezes grossa, mas ela sabia o motivo - aliás, todos sabiam. Inclusive eu.
Era muito fácil analisar aquela personalidade. Frágil, influenciável, moldável e indubitávelmente questionavel. Largaria uma palavra em uma conversa, definindo praticamente todas suas intenções, verdades, mentiras, medos, fragilidades.
"Não sei."
A única coisa de valor que ela possuía era o muro. O muro no qual eu pixei, eu escrevi, eu derrubei. Em um lugar onde todos tratam com pena indivíduos "ensaboados", para mim, o mundo não dá espaço para posicionamentos imparciais. Insisto em acreditar nas potencialidades das pessoas, mas o mundo é tão cruel que existem algumas que ficarão ali, presas, um dia, em seu próprio muro.

domingo, 27 de março de 2011

Só Pro meu Prazer.

Não fala nada, deixa tudo assim por mim. Eu não me importo se nós não somos bem assim...é tudo real nas minhas mentiras e assim não faz mal, e assim não me faz mal não. Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno, eu te imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser..Eu tiro a roupa pra você, minha maior ficção de amor e eu te recriei só pro meu prazer...
Não vem agora com essas insinuações, dos seus defeitos ou de algum medo normal. Será que você não é nada que eu penso? Também se não for, não me faz mal, não me faz mal, não.

sábado, 26 de março de 2011

Recomendação 2

Fairly Legal (Facing Kate)

Uma série com a protagonista Sarah Shahi, no papel de Kate Reed. A trama envolve praticamente tudo. Um pouco de comédia, um pouco de drama, vida real...vale lembrar que Kate não é uma Advogada e sim uma Mediadora (solução de litígio por formas de composição de conflitos diferente de processo jurisdicional). É legal para quem gosta de um seriado envolvendo justiça, advogados, litígios e tudo com um pouco de humor. A protagonista Sarah Shahi que já atuou em seriados como: Life (Detetive Dani Reese), Damages (Jennifer Carillo) e The L Word (Carmen de La Pica Morales) - cada vez mais me surpreende em sua atuação. É um exemplo de atriz que evoluiu muito ao longo de sua carreira, e, é claro cada vez mais linda! Sarah ficou no 90º lugar no ranking "Hot 100 of 2005" da revista Maxim; em 2006, ela avançou para o 66º lugar.
Para quem curte olhar séries, fica aí minha sugestão.

Recomendação

DAMAGES
A série narra o drama vivido pela bem-sucedida advogada Patty Hewes (Glenn Close) e sua associada Ellen Parsons (Rose Byrne) na firma de advocacia Hewes & Associates, localizada na cidade de Nova York. A primeira temporada (2007) exibe a Hewes & Associates investigando o golpe que o multi-milionário Arthur Frobisher (Ted Danson) aplicou em seus investidores. A trama mais recorrente da temporada, porém, é a tentativa de assassinato sofrida por Ellen Parsons 6 meses após sua entrada na firma.
A segunda temporada (2009) gira em torno de Patty Hewes e um homem de seu passado que agora é investigado por uma grande sabotagem em uma grande empresa de energia. A sub-trama principal é referente a Ellen Parsons, que dessa vez tenta se vingar de Patty investigando-a em segredo ao FBI.
A terceira temporada (2010) foca em Patty agindo em companhia da firma em que sua ex-associada, Ellen Parsons, trabalha à fim de resolver o caso de Louis Tobin (Bernie Madoff), que está envolvido em um escândalo financeiro do governo por roubar dinheiro de milhões de pessoas.

Fonte: Wikipedia

O novo

Felicidade é subjetiva, mas não há nada melhor do que escrever sobre felicidade. Você chega em uma etapa da vida que cansa de escrever sobre tristeza, e eu me sinto totalmente honrada por ter superado o grau da tristeza e ter entrado no grau de felicidade aos 18 anos de idade!
Não existem palavras para descrever o quanto a vida tem sido feliz, ou o quanto eu tenho sido feliz diante da vida. Descobrir que os nossos problemas são apenas provas e/ou obstáculos que já vêm com um pressuposto de que podemos vencê-los é motivador. Inovador.
Isso tudo veio para mim cedo, e, talvez isso acabe me privando de maior experiência de vida - por encarar essas provas de frente e não mais fugir ou sentar e esperar a maré me afogar. Observar de forma diferente é abrir os olhos para o novo que não é tão novo assim, é o novo camuflado. Devo ressaltar que trato com muita sinceridade essa história de "experiência de vida" - como já dizia a música 'Com mais de trinta' - "não confie em ninguém com mais de 30 anos(...)". Para mim a frase cantada é válida, quando você chega nos seus trinta anos (e acredite mesmo, há pessoas que chegam antes mesmo de completarem) você esquece seus sonhos, passa a viver de realidades, passa a traçar apenas planos que tenham o mínimo de possibilidade de concretizarem-se e não é à toa que os nossos pais vivem dizendo que devemos parar de sonhar ou de cogitar planos loucos. Creio ser de total sabedoria de todos nós - no auge da juventude - que aquela pergunta tradicional do 'por qual motivo temos tanta preguiça?' é óbvia e naturalmente parece ser esquecida quando chegamos aos trinta. Temos preguiça de lavar louça, de arrumar a casa, de organizar as coisas exaustivamente, de sermos taxativos, de realizar programas familiares...enfim, sentimos preguiça daquilo que só seremos obrigados a fazer quando estivermos nos trinta. Por incrível que pareça só pude perceber isso hoje, num momento que julgo ter sido muito iluminado rsrs.
Então, meu conselho: continue sentindo preguiça, continue vivendo um ano de cada vez e tire aquela ideia de que maturidade quanto mais cedo melhor. Maturidade - quanto mais cedo, mais risco de se prender ao velho.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Ontem percebi o quanto um nome pode ser importante.
- "Você pode achar engraçado mas saber que faço isso com esse determinado nome me deixa mais motivada ainda".
Ponto. Entenda-se por si só.

A ultima decisão

Se próprio acusar não mais importava. Já estava quase condenada. A julgavam com provas tão objetivas e claras que por mais que ela apelasse para mentira, mesmo que parecesse convincente, não a salvaria da penalidade provavelmente imposta no final.


Resolveu chorar, os jurados já estavam votando em silencio, e provavelmente como ela mesmo sabia, seria dita como culpada. Enquanto esperava resolveu pensar, repensar nos seus atos.

É feliz? Foi feliz? Depois de muitos anos casada com alguém que não amava decidiu então se separar. Mas afinal o que é o amor. As palavras do ipsis literis dicionário não justifica a pequena palavra amor. Amor como dizem, não se explica, se sente. E quem é o dicionário para explicar um sentimento. Um livro nem pode amar, não pode sentir. Os que sentem, também não o sabem explicar.

O tribunal estava em silencio que era apenas quebrado pelo soluçar do choro da mulher. Silêncio, como ela desejou o silencio. Afinal, o que seria o silencio? Palavras mudas? Um quarto escuro e fechado que se encontra apenas a respiração do que o habita. Por muito tempo, o significado do silencio para a coitada mulher era esse. Hoje, nos minutos que esperava seu destino final depois do julgamento, via que o silencio estava no meio dos sussurros e vozes das pessoas. O silencio estava em uma musica alta, num salão aberto que se ouvia apenas os gritos e as risadas das pessoas que o habitam. Viu então que o silencio se resume ao que esta dentro da gente. Se queremos silencio basta nos ouvir, o silencio é nosso. Escutar algo é apenas um sentido, e não um sentimento. Viu então que como o amor, o silencio é um sentimento.

Calculava que faltava mais ou menos uns 5 minutos para a decisão final do juiz, resolveu parar de chorar e sorriu, no final seria feliz? Felicidade, pensou novamente nessa palavra. Não tinha dinheiro, não havia casado com alguém que amava, não tinha o melhor emprego no mundo. Mas percebeu finalmente que sua felicidade não dependia de nenhum desses fatores. A felicidade estava apenas nos sorriso dos lábios das pessoas, estava na alegria, no riso. No choro, se me vejo infeliz é porque sou também feliz, são opostos que não existem sozinhos.

Com o sorriso nos lábios, ouviu a decisão do juiz, olhou para transeuntes e conhecidos ao redor e finalmente pode fechar os olhos.

Qual o sentido do calendário?

A experiência humana do tempo – como se fosse uma força que destrói -, se ligada à memória, pode fornecer a ilusão de eternidade. Os gregos chamavam o tempo cronológico de “chronos”, utilizado para identificar o tempo cronológico, o momento de nossas vidas.


A parágrafo a cima seria a definição da palavra tempo, que não somente é cronológico como também psicológico. Chronos apesar de ser a palavra que define o tempo cronológico, foi entendida pelos gregos como o tempo do momento, da memória, o tempo também psicológico.

Quem inventou a divisão do tempo, como dias, meses, anos, horas, minutos, deixou apenas mais fácil o modo de contagem em números a passagem da vida. A vida então foi relacionada a números, perguntamos todos os dias que horas são, mas nunca vivemos a hora com a mesma exatidão do relógio.

Uma vez alguém disse com um certo ar de ignorância a alguém que ela vivia de momentos. Mas o que seria da vida se ela não fosse simplesmente chronos, momentos. A passagem da vida é a passagem de momentos, que marcam ou não marcam. O tempo cronológico passa, as horas, os dias passam, os momentos passam, assim como os tempo continua, mas não se repete.

A meia-noite é sempre a mesma meia-noite, o dia 25 é sempre o dia 25, os anos passam e são sempre os mesmo, mas o que faz as pessoas a cada dia serem diferentes? Os momentos nunca são os mesmos, não aprendemos com o tempo do relógio, mas aprendemos com o tempo cronológico linear da vida. A vida é um chronos. Como diz Ma rio Quintana o tempo é indivisível, a vida é indivisível, todas as horas são horas extremas.

E o incrível de tudo isso é que dividimos o nosso chronos com pessoas, e dividimos nossa vida indivisível com outras pessoas. E se por um momento pensaste que a vida não é feita de momento, mude de ideia, pois se ela não fosse, não poderia dividir sua vida, seu tempo com outro individuo.

Fico feliz por ter aprendido que a vida sim é feita de momentos, e que as horas são sempre as mesmas horas, o que me faz o que nos faz diferentes são os momentos, que a cada segundo mudam e são únicos. Viva seu chronos.

V. Cerezer

quinta-feira, 24 de março de 2011

I.L.YOU

Tem coisas que ocupam o pensamento de forma tão sútil. É como substituir a palavra 'coisas' por 'você', perder o ar a todo momento ou simplesmente ter o prazer de morrer sufocada por amor.
Sabe, fica difícil responder perguntas, escrever textos, me expressar de maneira correta, terminar frases, não sei o que acontece comigo. Não fico frágil mas fico sem barreiras, sou como sou e sem preconceitos, é como se eu parasse na sua frente e visse um espelho me fazendo confessar minha verdadeira imagem. Minhas palavras não são nada bonitas perto de coisas que eu poderia saber escrever, mas é tão verdadeiro e tão puro - vindo de dentro mesmo - que palavra alguma conseguiria traduzir do jeito lindo que é o meu amor por ti. Nosso amor. Nossa parceria. Nossos opostos, brigas. Como você espera que eu viva sem você? Ouvi dizer hoje que jamais nos separaríamos e essa eu juro que é a primeira vez que eu acredito tanto nisso. Sempre tive um pé atrás, até mesmo posso dizer sinceramente que aquele sentimento de para sempre funciona quando você não conhece o significado disso. Sentimento de para sempre não existe, existe viver esse para sempre de forma que ele esteja subjetivo e não se torne algo que norteie o relacionamento. Aprendendo a viver cada dia de forma diferente, mesmo que as coisas sejam iguais. O motivo de estar escrevendo é simples. Não vivo mais sem a tua risada, sem muro algum na convivência, não vivo sem saber que ao meu lado tenho algo que me provou que podia ser mais do que todos julgaram.
Só tenho a agradecer esses 7 dias que tu habitou o mesmo lugar que eu, dormindo (er...) e acordando junto, participando da rotina. Para descrever de forma sucinta: Eu te amo meu amor. Meu orgulho. Minha vida. Minha motivação.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Bacharel não é Advogado

Ultimamente venho olhando muitas discussões em volta desse assunto - Sim ou Não para a prova da OAB - e como acadêmica de Direito, creio ser de suma importância elitizar sim, elitizar aqueles que levaram a sério a faculdade durante toda a sua duração, que estudaram e viraram noites correndo atrás de conhecimentos e conteúdos. Um estudante de Direito tem que ter conhecimentos básicos que muitos saindo com diploma de Bacharel não tem. Todo curso tem aquele estudante que "leva nas coxas" - e no Direito, tratando-se de leis que regem nosso país e de pessoas que como Advogados(as) tem o dever de assegurar todos os direitos fundamentais e intocáveis, devem tanto por compromisso como por honrar seu próprio juramento, validar seu conhecimento.
Não é necessário que se exclua a prova da OAB, eu como estudante penso que no fim da faculdade de Direito, prestar a prova da OAB tem sido inclusive uma tradição...Algo que vale muito mais para testar teus verdadeiros conhecimentos. Toda experiência vale, para aqueles que não passaram/passam devem tentar novamente até estarem com seus conhecimentos atualizados e na ponta da língua para entrar com o pé DIREITO na carreira de Advocacia. No mais, acadêmico de Direito, diga SIM para o Exame de Ordem!

sábado, 29 de janeiro de 2011

eu amo você!

Pra te dizer que eu jamais viveria uma dor se ela não viesse de você.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Compartilhar uma mensagem rápida"

Alguém tem alguma dúvida de que esse simples local no msn, abaixo do nick, deveria ser chamado de coloque aqui a sua indireta?
É algo muito curioso, por uns dias da semana observei várias mensagens subliminares nesses subnicks, de fato esse não é o assunto do blog, mas achei tão interessante que resolvi analisar. Não haveria outro motivo para colocar um subnick se você não quisesse que alguém visse, como o nome diz - compartilhar - ou seja, você jamais vai colocar uma frase ali por colocar. Isso se vê inclusive com casais, um dia você vê umas frases horríveis e geralmente é quando está num clima ruim, passam uns dias e eles estão lá cheios de corações nos subnicks.
Então é evidente que, esse espaço no msn serve muito pra você alfinetar, demonstrar, ou outro tipo de coisa - pra todo mundo que ou você está irritado, está desanimado, está querendo que alguém saiba do seu estado emocional. Uma música, uma frase - coloque ali a sua indireta!

domingo, 9 de janeiro de 2011

E o tempo vai ser maior.