segunda-feira, 28 de março de 2011

Muro.

Sentia-se violada. Como se algo que pertencesse somente ao seu ego tivesse sumido, não por decisão sua, mas por sequestro. Foi assassinado. Aquela parte íntegra e indivísivel tinha sido morta. Onde estavam suas mãos? E o controle que tinha anteriormente? Onde estavam seus braços se não atados às imperfeições? Ela simplesmente não se aceitava, não assim como era, mas somente do jeito que planejava. Era um roll taxativo de adjetivos, verbos esperando complementos. Não, não era assim tão feia, mas deixava-se levar pelo descuido, pela imperícia com seus cabelos, sua face. Era extremamente desajeitada, por vezes grossa, mas ela sabia o motivo - aliás, todos sabiam. Inclusive eu.
Era muito fácil analisar aquela personalidade. Frágil, influenciável, moldável e indubitávelmente questionavel. Largaria uma palavra em uma conversa, definindo praticamente todas suas intenções, verdades, mentiras, medos, fragilidades.
"Não sei."
A única coisa de valor que ela possuía era o muro. O muro no qual eu pixei, eu escrevi, eu derrubei. Em um lugar onde todos tratam com pena indivíduos "ensaboados", para mim, o mundo não dá espaço para posicionamentos imparciais. Insisto em acreditar nas potencialidades das pessoas, mas o mundo é tão cruel que existem algumas que ficarão ali, presas, um dia, em seu próprio muro.

domingo, 27 de março de 2011

Só Pro meu Prazer.

Não fala nada, deixa tudo assim por mim. Eu não me importo se nós não somos bem assim...é tudo real nas minhas mentiras e assim não faz mal, e assim não me faz mal não. Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno, eu te imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser..Eu tiro a roupa pra você, minha maior ficção de amor e eu te recriei só pro meu prazer...
Não vem agora com essas insinuações, dos seus defeitos ou de algum medo normal. Será que você não é nada que eu penso? Também se não for, não me faz mal, não me faz mal, não.

sábado, 26 de março de 2011

Recomendação 2

Fairly Legal (Facing Kate)

Uma série com a protagonista Sarah Shahi, no papel de Kate Reed. A trama envolve praticamente tudo. Um pouco de comédia, um pouco de drama, vida real...vale lembrar que Kate não é uma Advogada e sim uma Mediadora (solução de litígio por formas de composição de conflitos diferente de processo jurisdicional). É legal para quem gosta de um seriado envolvendo justiça, advogados, litígios e tudo com um pouco de humor. A protagonista Sarah Shahi que já atuou em seriados como: Life (Detetive Dani Reese), Damages (Jennifer Carillo) e The L Word (Carmen de La Pica Morales) - cada vez mais me surpreende em sua atuação. É um exemplo de atriz que evoluiu muito ao longo de sua carreira, e, é claro cada vez mais linda! Sarah ficou no 90º lugar no ranking "Hot 100 of 2005" da revista Maxim; em 2006, ela avançou para o 66º lugar.
Para quem curte olhar séries, fica aí minha sugestão.

Recomendação

DAMAGES
A série narra o drama vivido pela bem-sucedida advogada Patty Hewes (Glenn Close) e sua associada Ellen Parsons (Rose Byrne) na firma de advocacia Hewes & Associates, localizada na cidade de Nova York. A primeira temporada (2007) exibe a Hewes & Associates investigando o golpe que o multi-milionário Arthur Frobisher (Ted Danson) aplicou em seus investidores. A trama mais recorrente da temporada, porém, é a tentativa de assassinato sofrida por Ellen Parsons 6 meses após sua entrada na firma.
A segunda temporada (2009) gira em torno de Patty Hewes e um homem de seu passado que agora é investigado por uma grande sabotagem em uma grande empresa de energia. A sub-trama principal é referente a Ellen Parsons, que dessa vez tenta se vingar de Patty investigando-a em segredo ao FBI.
A terceira temporada (2010) foca em Patty agindo em companhia da firma em que sua ex-associada, Ellen Parsons, trabalha à fim de resolver o caso de Louis Tobin (Bernie Madoff), que está envolvido em um escândalo financeiro do governo por roubar dinheiro de milhões de pessoas.

Fonte: Wikipedia

O novo

Felicidade é subjetiva, mas não há nada melhor do que escrever sobre felicidade. Você chega em uma etapa da vida que cansa de escrever sobre tristeza, e eu me sinto totalmente honrada por ter superado o grau da tristeza e ter entrado no grau de felicidade aos 18 anos de idade!
Não existem palavras para descrever o quanto a vida tem sido feliz, ou o quanto eu tenho sido feliz diante da vida. Descobrir que os nossos problemas são apenas provas e/ou obstáculos que já vêm com um pressuposto de que podemos vencê-los é motivador. Inovador.
Isso tudo veio para mim cedo, e, talvez isso acabe me privando de maior experiência de vida - por encarar essas provas de frente e não mais fugir ou sentar e esperar a maré me afogar. Observar de forma diferente é abrir os olhos para o novo que não é tão novo assim, é o novo camuflado. Devo ressaltar que trato com muita sinceridade essa história de "experiência de vida" - como já dizia a música 'Com mais de trinta' - "não confie em ninguém com mais de 30 anos(...)". Para mim a frase cantada é válida, quando você chega nos seus trinta anos (e acredite mesmo, há pessoas que chegam antes mesmo de completarem) você esquece seus sonhos, passa a viver de realidades, passa a traçar apenas planos que tenham o mínimo de possibilidade de concretizarem-se e não é à toa que os nossos pais vivem dizendo que devemos parar de sonhar ou de cogitar planos loucos. Creio ser de total sabedoria de todos nós - no auge da juventude - que aquela pergunta tradicional do 'por qual motivo temos tanta preguiça?' é óbvia e naturalmente parece ser esquecida quando chegamos aos trinta. Temos preguiça de lavar louça, de arrumar a casa, de organizar as coisas exaustivamente, de sermos taxativos, de realizar programas familiares...enfim, sentimos preguiça daquilo que só seremos obrigados a fazer quando estivermos nos trinta. Por incrível que pareça só pude perceber isso hoje, num momento que julgo ter sido muito iluminado rsrs.
Então, meu conselho: continue sentindo preguiça, continue vivendo um ano de cada vez e tire aquela ideia de que maturidade quanto mais cedo melhor. Maturidade - quanto mais cedo, mais risco de se prender ao velho.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Ontem percebi o quanto um nome pode ser importante.
- "Você pode achar engraçado mas saber que faço isso com esse determinado nome me deixa mais motivada ainda".
Ponto. Entenda-se por si só.

A ultima decisão

Se próprio acusar não mais importava. Já estava quase condenada. A julgavam com provas tão objetivas e claras que por mais que ela apelasse para mentira, mesmo que parecesse convincente, não a salvaria da penalidade provavelmente imposta no final.


Resolveu chorar, os jurados já estavam votando em silencio, e provavelmente como ela mesmo sabia, seria dita como culpada. Enquanto esperava resolveu pensar, repensar nos seus atos.

É feliz? Foi feliz? Depois de muitos anos casada com alguém que não amava decidiu então se separar. Mas afinal o que é o amor. As palavras do ipsis literis dicionário não justifica a pequena palavra amor. Amor como dizem, não se explica, se sente. E quem é o dicionário para explicar um sentimento. Um livro nem pode amar, não pode sentir. Os que sentem, também não o sabem explicar.

O tribunal estava em silencio que era apenas quebrado pelo soluçar do choro da mulher. Silêncio, como ela desejou o silencio. Afinal, o que seria o silencio? Palavras mudas? Um quarto escuro e fechado que se encontra apenas a respiração do que o habita. Por muito tempo, o significado do silencio para a coitada mulher era esse. Hoje, nos minutos que esperava seu destino final depois do julgamento, via que o silencio estava no meio dos sussurros e vozes das pessoas. O silencio estava em uma musica alta, num salão aberto que se ouvia apenas os gritos e as risadas das pessoas que o habitam. Viu então que o silencio se resume ao que esta dentro da gente. Se queremos silencio basta nos ouvir, o silencio é nosso. Escutar algo é apenas um sentido, e não um sentimento. Viu então que como o amor, o silencio é um sentimento.

Calculava que faltava mais ou menos uns 5 minutos para a decisão final do juiz, resolveu parar de chorar e sorriu, no final seria feliz? Felicidade, pensou novamente nessa palavra. Não tinha dinheiro, não havia casado com alguém que amava, não tinha o melhor emprego no mundo. Mas percebeu finalmente que sua felicidade não dependia de nenhum desses fatores. A felicidade estava apenas nos sorriso dos lábios das pessoas, estava na alegria, no riso. No choro, se me vejo infeliz é porque sou também feliz, são opostos que não existem sozinhos.

Com o sorriso nos lábios, ouviu a decisão do juiz, olhou para transeuntes e conhecidos ao redor e finalmente pode fechar os olhos.

Qual o sentido do calendário?

A experiência humana do tempo – como se fosse uma força que destrói -, se ligada à memória, pode fornecer a ilusão de eternidade. Os gregos chamavam o tempo cronológico de “chronos”, utilizado para identificar o tempo cronológico, o momento de nossas vidas.


A parágrafo a cima seria a definição da palavra tempo, que não somente é cronológico como também psicológico. Chronos apesar de ser a palavra que define o tempo cronológico, foi entendida pelos gregos como o tempo do momento, da memória, o tempo também psicológico.

Quem inventou a divisão do tempo, como dias, meses, anos, horas, minutos, deixou apenas mais fácil o modo de contagem em números a passagem da vida. A vida então foi relacionada a números, perguntamos todos os dias que horas são, mas nunca vivemos a hora com a mesma exatidão do relógio.

Uma vez alguém disse com um certo ar de ignorância a alguém que ela vivia de momentos. Mas o que seria da vida se ela não fosse simplesmente chronos, momentos. A passagem da vida é a passagem de momentos, que marcam ou não marcam. O tempo cronológico passa, as horas, os dias passam, os momentos passam, assim como os tempo continua, mas não se repete.

A meia-noite é sempre a mesma meia-noite, o dia 25 é sempre o dia 25, os anos passam e são sempre os mesmo, mas o que faz as pessoas a cada dia serem diferentes? Os momentos nunca são os mesmos, não aprendemos com o tempo do relógio, mas aprendemos com o tempo cronológico linear da vida. A vida é um chronos. Como diz Ma rio Quintana o tempo é indivisível, a vida é indivisível, todas as horas são horas extremas.

E o incrível de tudo isso é que dividimos o nosso chronos com pessoas, e dividimos nossa vida indivisível com outras pessoas. E se por um momento pensaste que a vida não é feita de momento, mude de ideia, pois se ela não fosse, não poderia dividir sua vida, seu tempo com outro individuo.

Fico feliz por ter aprendido que a vida sim é feita de momentos, e que as horas são sempre as mesmas horas, o que me faz o que nos faz diferentes são os momentos, que a cada segundo mudam e são únicos. Viva seu chronos.

V. Cerezer

quinta-feira, 24 de março de 2011

I.L.YOU

Tem coisas que ocupam o pensamento de forma tão sútil. É como substituir a palavra 'coisas' por 'você', perder o ar a todo momento ou simplesmente ter o prazer de morrer sufocada por amor.
Sabe, fica difícil responder perguntas, escrever textos, me expressar de maneira correta, terminar frases, não sei o que acontece comigo. Não fico frágil mas fico sem barreiras, sou como sou e sem preconceitos, é como se eu parasse na sua frente e visse um espelho me fazendo confessar minha verdadeira imagem. Minhas palavras não são nada bonitas perto de coisas que eu poderia saber escrever, mas é tão verdadeiro e tão puro - vindo de dentro mesmo - que palavra alguma conseguiria traduzir do jeito lindo que é o meu amor por ti. Nosso amor. Nossa parceria. Nossos opostos, brigas. Como você espera que eu viva sem você? Ouvi dizer hoje que jamais nos separaríamos e essa eu juro que é a primeira vez que eu acredito tanto nisso. Sempre tive um pé atrás, até mesmo posso dizer sinceramente que aquele sentimento de para sempre funciona quando você não conhece o significado disso. Sentimento de para sempre não existe, existe viver esse para sempre de forma que ele esteja subjetivo e não se torne algo que norteie o relacionamento. Aprendendo a viver cada dia de forma diferente, mesmo que as coisas sejam iguais. O motivo de estar escrevendo é simples. Não vivo mais sem a tua risada, sem muro algum na convivência, não vivo sem saber que ao meu lado tenho algo que me provou que podia ser mais do que todos julgaram.
Só tenho a agradecer esses 7 dias que tu habitou o mesmo lugar que eu, dormindo (er...) e acordando junto, participando da rotina. Para descrever de forma sucinta: Eu te amo meu amor. Meu orgulho. Minha vida. Minha motivação.