A experiência humana do tempo – como se fosse uma força que destrói -, se ligada à memória, pode fornecer a ilusão de eternidade. Os gregos chamavam o tempo cronológico de “chronos”, utilizado para identificar o tempo cronológico, o momento de nossas vidas.
A parágrafo a cima seria a definição da palavra tempo, que não somente é cronológico como também psicológico. Chronos apesar de ser a palavra que define o tempo cronológico, foi entendida pelos gregos como o tempo do momento, da memória, o tempo também psicológico.
Quem inventou a divisão do tempo, como dias, meses, anos, horas, minutos, deixou apenas mais fácil o modo de contagem em números a passagem da vida. A vida então foi relacionada a números, perguntamos todos os dias que horas são, mas nunca vivemos a hora com a mesma exatidão do relógio.
Uma vez alguém disse com um certo ar de ignorância a alguém que ela vivia de momentos. Mas o que seria da vida se ela não fosse simplesmente chronos, momentos. A passagem da vida é a passagem de momentos, que marcam ou não marcam. O tempo cronológico passa, as horas, os dias passam, os momentos passam, assim como os tempo continua, mas não se repete.
A meia-noite é sempre a mesma meia-noite, o dia 25 é sempre o dia 25, os anos passam e são sempre os mesmo, mas o que faz as pessoas a cada dia serem diferentes? Os momentos nunca são os mesmos, não aprendemos com o tempo do relógio, mas aprendemos com o tempo cronológico linear da vida. A vida é um chronos. Como diz Ma rio Quintana o tempo é indivisível, a vida é indivisível, todas as horas são horas extremas.
E o incrível de tudo isso é que dividimos o nosso chronos com pessoas, e dividimos nossa vida indivisível com outras pessoas. E se por um momento pensaste que a vida não é feita de momento, mude de ideia, pois se ela não fosse, não poderia dividir sua vida, seu tempo com outro individuo.
Fico feliz por ter aprendido que a vida sim é feita de momentos, e que as horas são sempre as mesmas horas, o que me faz o que nos faz diferentes são os momentos, que a cada segundo mudam e são únicos. Viva seu chronos.
V. Cerezer
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