segunda-feira, 25 de abril de 2011

Um fim

Antes eu escrevia sobre vazios, sobre incertezas, hoje eu escrevo sobre o concreto. Sobre definições possíveis de chegar a resultados, pensamentos lógicos que trazem certezas e respondem perguntas.
A vida não tem graça assim, se todos meus questionamentos fossem respondidos, o que seria de mim?
Me faltam perguntas. Faltam escolhas, faltam caminhos, faltam opções. Parece que está tudo resolvido, e o pior de tudo é que hoje eu percebi que não é bem assim. A mesma pessoa que não sente emoções é a mesma pessoa que me deu as dúvidas e as escolhas. A única emoção que realmente temos é não sabermos se isso é um fim ou uma tentativa de recomeço pessoal. Sinto que escondo essa parte, ou simplesmente pela falta de algo interessante na vida tapo meus olhos. Sim, eu quero existir, quero ser real - mas pra isso as vezes temos que tirar o pé do chão. Nenhuma ideia vem de vazio, nenhuma decisão vem de algo que não tem escolha. Temos escolhas, ideias, ainda queremos escapar do nada. O que indica que o tudo continua presente, e que o nada continua andando junto com o tudo. O que significa que chegou a hora de decidir quem fica e quem sai.
Tudo ou nada?

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