terça-feira, 12 de abril de 2011

A errada

Em uma estrada qualquer
no meio do nada
dois caminhos
eu era a mulher errada.

Em um nada qualquer,
aquela estrada.
Onde os pés tocam frios
no asfalto abrasador
e o corpo geme num grito
silencioso de dor.

Não eram aquelas luzes
nem aqueles postes
nem o trânsito
nem os transeuntes
nem os animais
Eu era a mulher errada
da escolha certa
sem motivo especial.

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