sábado, 16 de julho de 2011

18

Eu resolvi sentar na cadeira e ficar aqui até 'fluir'. Pois bem, cá estou, lembrei de algo que faz fluir nessas teclas algo de curioso. Analisando o ano de 2009 para cá, aconteceu muita coisa. Desvios de caminhos, perda de amigos, ganho de amigos, uma revolução-em-mim.
Não sei o que me emociona mais, se o ponteiro do relógio que passou correndo e eu não vi, ou se o rosto daqueles que eu mais amo de forma diferente. Diz que quando chegamos aos dezoito anos começamos a envelhecer rápido, pra mim, confesso, essa coisa de que passa rápido não começou ainda...as coisas têm ido tão devagar no meu caminho que eu até queria que fossem com mais pressa. Não quero perfeição.
Acho que acabei amadurecendo e talvez, superando perdas. Aprendi a arte do desapego, do deixa estar, do seguir o que o caminho diz pra seguir. Aprendi o velho e bom 'uma porta se fecha para que uma outra porta seja aberta (ou janela como preferir)' - estou educando o meu eu de possibilidades, e isso, para mim é uma conquista incrível. Me encontro em paz, mas descobri que toda paz em valores demasiados dá tédio, e resolvi assim não ser 'tão' feliz. Resolvi ser feliz mas me dar oportunidade para ser triste também, e curtir o poder de transformação que as lágrimas - de saudade ou dor - proporcionam para nós.
Descobri (e inesperadamente) que eu tinha sim um manual, e que é besteira falar que somos indecifráveis - alguém sempre tem a chave - você mesmo.
Peguei a chave e quis tomar a iniciativa de me desvendar, e tenho essa missão em minhas mãos até agora. Cheguei sorrindo aos meus dezoito anos com o coração cheio de esperanças, e nesse meio de ano elas vêm mais quentes ainda, esperando a realização. Acreditando naquilo que muitos não acreditam: a Justiça, o Amor, a Alegria, a Paz INTERIOR. Estar em paz com o mundo externo é que dá tédio, agora estar em paz consigo - esse sim, tem poder motivador. Nunca estive tão em paz comigo, com meus estudos, com minhas conquistas. Aprendi inclusive que não preciso, assim, de tantos amigos - mas de uns dois ou três que me façam sorrir e que sejam não assim tão sinceros mas no mínimo educados.
Desvendei aquilo que mais queria. O eu que eu procurava desesperadamente em mim, e tive ajuda (claro) - e quero que essa ajuda saiba o quanto vai influenciar e guiar os caminhos que eu escolho hoje.
Dezoito anos, se fossem tão fáceis não faríamos aniversário.

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