terça-feira, 9 de setembro de 2008

1ª Parte

Era uma noite fria. Poderia ouvir o barulho dos ossos 'lixando' um ao outro. Aquele som de arranhões, desagradável. Eu odiava o meu trabalho, recebia dinheiro para matar pessoas, não rapidamente, com um tiro, uma injeção...Meu trabalho era com mortes lentas. Morrer de fome, de dor, de desespero, de susto, de tristeza. Eu as mantinha em jaulas, muitas vezes com alguma parte de seu corpo pendurada na jaula, uma perna, um braço. Sempre costumava cortá-los e passar sal grosso no local machucado. Pelos gritos, ou às vezes murmúrios (alguns perdiam a lingua), eu sentia a dor, mas não poderia tomar alguma atitude boa. Eu era bem pago, e tudo que mandavam fazer eu fazia. Depois aquelas pessoas iam até o local onde minhas vítimas (e suas também) ficavam e olhavam para elas para ver se o trabalho tinha sido realizado com sucesso e frieza.
Eu não era um psicopata, mas precisava comer, precisava me sustentar e eu gostava de coisas materiais caras. Eu nunca quis assistir as mortes.
Mas um caso especial veio até mim. Uma garota de apenas 19 anos. Motivo do contrato? Vingança. Seu namorado havia descoberto uma traição. Não queria matá-la, não conseguiria, contratou-me. Assassino por encomenda. Antes de qualquer assassinato, tive de descobrir informações sobre a garota.
Nome: Naimara Nagasaki
Id Card: 31689568
Rua: Marion Street, 675, Red House.

E mais algumas outras informações indispensáveis. Comecei atuando como detetive. Fotos e mais fotos, todas de longe, com muito zoom, para pegar a vítima certa após um mês.
Ela era japonesa, estatura mediana, cabelos compridos, e usava roupas casuais. Era secretária de um consultório dentário, filha de uma mãe envelhecida-pois a teve muito tarde-e de um pai que morreu alcóolotra.
Ela morava com a mãe, lhe dava remédios as 10 horas da noite, e as 10 horas da manhã.

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