segunda-feira, 31 de março de 2008

Meu Eu

A morte tão esperada que corria pelas ruas incessantemente,
Gritou muda no lapso de um silêncio.
Berro de dor? Berro de desespero?
Não. Berro de alívio para uma alma padecente.
Veneno que dói, corroí, desespera, machuca, talha, constitui relações de vida... Com a morte.
Dilúvio que cai, bruma que vem.
Véu que voa, no acalento do vento.
Morte que ressuscita. Vida que perece.
Peito que bate. Vida que estremece.
Morte que desabafa. Grito mudo, sorriso doente...
Sinto você, sentimos nós dois, sinto o sangue, vejo o sangue.
Ira sublime, morte errônea, sentimento voraz, vida improvável.
Você é como toxina em veia, droga em sangue.
Vício infindável. Conquista de paraíso infernal, morte absoluta para o imortal, amor incondicional para quem não ama.
Relógio para quem perde a hora.
O meu olhar ofuscado, o meu grito taciturno, minha morte viva, meu mal - amado.

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