quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Something about Everything

Refazendo o nosso caminho de volta pra casa, pude perceber a falta que você me faz, a falta que fará e os dias sem sentido que irei ter no próximo ano. Nossa, será dois mil e dez, e, futuramente o que terei pra contar aos meus - que seriam nossos – filhos? Terei de pensar em diversos nomes e sentir o coração palpitar cada vez que algo for parecido com David, eu não coloria David, isso vai me lembrar você, e se você não estiver comigo a dor vai ser tanta que eu não serei capaz de suportar. Portanto, vou começar a escolher um nome diferente...

O que acontece com o amor? De que jeito nossas escolhas mudam rumos e nos colocam em caminhos diferentes daqueles que planejamos? O que é realmente amar?
Eram algumas das perguntas que habitavam minha cabeça quando eu estava contigo, e incrivelmente, cheguei às respostas que eu tanto procurava, criei valores, respeitei alguns, adquiri outros e mesmo assim agi como se não fosse suficiente. Mas o que é um ato perto de um sentimento tão forte como o meu?
         Sei que você luta para encontrar essa resposta, luta para enxergar um motivo pro perdão, luta pra conseguir esquecer o que eu te fiz, luta pra que as coisas fiquem sadias e eu sempre dei um jeito de radicalizá-las e dificultá-las de maneira que acabei por perder chances que poderiam estar aí, na minha mão.
E aí as pessoas te perguntam por que você age desse jeito, por que você “é” assim, por que você machuca quem mais te importava e vice-versa...
Até parece que pensam que não dói, até parece que conhecem a dor de errar com quem se ama, até parece que me conhecem...Até parece que fingem saber alguma coisa quando na verdade não sabem de nada, e pra essas pessoas eu escrevo bem grande na testa: C-A-N-S-E-I.
         Estou entediada de tanta gente querer me julgar, me entristecer e dizer que eu mereço tudo isso...Na verdade eu mereço ser feliz com quem me ama, e eu sei bem os teus sentimentos por mim, e pra mim, isso BASTA.
Acredito que nunca havia pensado tanto em nós, admito isso. É lógico que quando estávamos juntas eu pensava muito, mas parece que com a distância e a falta dos teus carinhos o cérebro só sabe encontrar você. Aí ele não acha mais espaço pra estudo, pra pensar 1% em mim, pra descansar, pra não deixar que o resto dos neurônios se vá.
       Meu físico e psicológico tem se estragado constantemente, e tudo isso é de saudade, falta, mas existe aquela coisa, o pingo de esperança que me mantém de pé, o pingo de amor que eu ainda sinto entre nós, a intensidade que eu percebi que ainda rola entre a gente. Tudo isso me deixa ligada em todos os acontecimentos, gestos, sorrisos, até mesmo na respiração diferente, no bater do coração... É complicado viver assim, esperando aquele ‘ sim ‘ que vai te completar, esperando que a felicidade tope entrar pela tua porta e que dessa vez você saiba dar tanto amor a ela que ela simplesmente queira ficar ali para sempre, que você seja capaz de ser fiel e seja também capaz de ser o que ela é pra você, a própria felicidade.
      Só que nessa nossa etapa confusa, com todas essas pessoas em volta, com você reconstruindo sua felicidade, a porta simplesmente não se abre, e eu até já fingi estar recebendo a tua visita, batendo na mesa e indo atender só pra ver que você não está lá, mas a esperança entra de novo na história pra me dizer que eu devo continuar batendo, um dia você irá voltar.
Dizem que tudo que nos pertenceu um dia, se realmente, sempre volta...E o que mais posso fazer se o destino quiser que seja assim? Se ele quiser que você volte, estarei de braços abertos, se não quiser, estarei de braços abertos também, esperando que por algum ato inesperado esses caminhos mudem novamente e te tragam pra perto de mim.
      Aí surge a última pergunta que deu origem a tudo isso que escrevi. Se isso não é amor, o que mais pode ser?

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