quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Perdendo a noção

Não sabia mais que horas eram, perdi o calendário e achava que o ano era 2007, perdi minhas roupas e achava que era naturista, perdi meu sono, perdi a vista.
Comi um som, escutei uma comida, aloprei um são, curei um louco, curti a vibe de uma inimiga. Comecei a ser o contrário, comecei a ficar perdida, eu tava vendo, já tava ficando sem saída. Era amor, era uma garota bandida, acertou em cheio o ponto fraco, acelerou toda lentidão. Perdendo a noção. Do espaço, do tempo, das palavras, do sentimento, da própria noção.
Qual é o impacto do amor? Ridículo quem ainda consegue pensar nisso, pois quem ama não pensa, se pensa, não ama. Não pensei. Amei. Ri. Chorei. Tudo foi indo pro seu devido lugar, e eu juro, pensei. Mas não no impacto, e sim no sequestro. Que sequestro (o teu)…?
Sem recompensa, sem bilhete, sem frescura, com amor, com carinho, com desejo e ah…muito sexo.
Roubo tem de ser efetuado assim, inesperado, e você…você roubou, com classe, com tudo que tinha direito. E eu deixei. Deixei que me roubassem, eu não quis reagir, e não vou reagir, não quero não não não.
A polícia recomenda que não haja luta com o bandido. No nosso caso, luta, luta mesmo, não teve, teve lutinha…leve. Cadê meu cérebro, cara. Perdi no meio do caminho, caiu, nem que seja pela orelha (é desculpa de gente que coloca o coração no lugar da razão), sei-lá. Deixei por aí.
Cadê meu coração, que coisa…AH LEMBREI, tá contigo, eu que entreguei, achei mais seguro..Tô tão sem noção…mas sei lá, por ti eu perco até a razão!


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