terça-feira, 12 de maio de 2009

O que te faz bem?

O brilho dos olhos tinha se perdido, as 24 horas do dia eram longas, as grades não deixavam que a liberdade entrasse e segurasse sua mão.
A dor era tão grande que o universo sabia que todos os tormentos eram mutantes, sempre que as dores iam embora mais uma conspiração aparecia, levando o resto de sorriso que lhe restava. O gosto amargo das lágrimas confessava o sofrimento e ele sabia que tempo algum o faria enxergar seus planos realizados...
Foi perda de tempo, ele queria ficar longe dali, mas não podia. Algo levava seus pensamentos até aquele lugar, mesmo que ele não estivesse de corpo presente. Proibido sempre foi aquele amor, mas ele sabia que corria esse risco. Ele a protegeu sem que ela visse, esteve lá para não permitir que nenhuma lágrima caísse e apesar de muito esforço ela chorou.
Ele descobriu, com muita dor na consciência, que além de ser seu protetor, seu anjo, ele poderia ser o amor que ela tanto esperava..
Mas ele não poderia, não era permitido. Foi então que desistiu das asas verdadeiras, pois sabia que ela poderia ajudá-lo a voar, sem asas, como um humano. Sonhar quando quisesse e poder dormir, sem se preocupar com o futuro, com o amanhã.
Desistiu. Viu que a imortalidade e a divindade de seu ser não teriam sentido algum sem o que lhe fazia bem.
Descobriu. Deus mostrou-lhe o que era amor.

Um comentário:

Paulo Vilmar disse...

N!
Amar é o que faz bem, sempre!
Beijos